quarta-feira, 9 de novembro de 2011

#3


Olá medo. Hoje apanhaste-me de surpresa. Ontem despediste-te e eu a pensar que não irias voltar, enganei-me, ou melhor, enganaste-me. E bem enganada! Garantiram-me que não irias visitar-me, de novo, mas eu mais uma vez abri-te a porta e não tive coragem suficiente para te expulsar. Vens com as mesmas companhias de sempre: o receio, o tremer, a tristeza. Vai-te embora e diz à certeza para voltar, diz à felicidade que lamento tê-la deixado escapar, ah e diz ao sentimento que o coração ainda é grande. Vai lá medo, não me atormentes mais, sabes bem que não gosto de te ter por perto, mas tu insistes em manter-te por cá... Eu já não te tinha dito que precisavas de férias?

O amor é o único que fica, que precisa de trabalhar forte e feio por este meu coração. Agora, diz-me, porque vieste? Vá, eu até sei a resposta, aquelas surpresas... Mas tu podias ser um bocadinho mais fraco e não vires, deixares-me ser eu a vencer desta vez. Eu sou forte, mas tu és teimoso, mando-te embora e tu não vais. Irritas-me!
Medo, espero que amanhã já não estejas. Sei que a cada segundo estás mais perto da porta, e que vai haver um segundo que vais estar fora e eu irei fechar-te a porta para sempre! Não preciso de ti, vai!
Adeus, medo. E lembra-te, eu sou mais forte, e vais-te arrepender de me teres vindo atormentar de novo!

Sem comentários:

Enviar um comentário